sábado, 27 de fevereiro de 2010

A política é despedir e baixar nível de vida de todos os trabalhadores

Sobre o Orçamento do Estado

Manuel Raposo - Domingo, 21 Fevereiro, 2010 criancaspobres_72dpi.jpg

Nos dez anos decorridos desde 2000, os funcionários públicos apenas tiveram um ano (2009) em que beneficiaram de aumento real de salário; em todos os outros perderam poder de compra, com aumentos abaixo da inflação. Com o anúncio feito pelo governo – prontamente apoiado por PSD e CDS e aplaudido pelo patronato – de que não vai haver aumentos reais até 2013, os trabalhadores do Estado terão pela frente mais 4 anos de perda de nível de vida. Mas não só eles.

A propaganda transmitida pelos meios de comunicação dá crédito à ideia de que os funcionários públicos são privilegiados e, a partir daí, força a conclusão de que o nivelamento deve ser feito por baixo. É este o único critério de igualdade que o capitalismo aplica: nivelar, sempre que pode, todos os assalariados pela bitola mínima...

Jornal " Mudar de Vida". Ver mais...

RTP cala membros dos Precários Inflexiveis 2008


Mais uma vez se prova que as televisões e jornais estão ao serviço de quem nos explora e nos lixa.

A RTP faz o programa "Prós e Contra", mas os seus intervenientes são pessoas que já passaram pelo o poder, e só lá vão fazer propaganda das virtualidades do capital, e falar de economicismo que é sempre para o lado dos mais fracos.

Pessoas que tenham ideias diferentes desses senhores são pura e simplesmente silenciados e ocultados, como foi o caso do João Pacheco.

A precariedade é uma bomba-relógio social que acabará por rebentar nas mãos dos que dela se aproveitam

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História das Coisas


Para onde vão os nossos electrodomésticos velhos, as nossas televisões irremediavelmente estragadas, os nossos i-pods indrominados, e todas aquelas coisas "made in China" que nos duram três semanas?

Haverá espaço para todo o nosso lixo neste cada vez mais pequeno planeta?

Talvez a respostas estejam neste pequeno documentário. Legendado em português.

Experimentem.


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Madeira: Poderia ter sido diferente. Para melhor.



Nunca é demais apurar toda a realidade dos factos.
Veja e pense por si.

Novamente, o Afeganistão

Em semana de tantos acontecimentos, a tragédia na Madeira, o diz que disse da coscuvilhice da jornalada, a transferência para dos Etarras para Espanha, e o fantasma ETA sobre as consciências portuguesas, já tão concorridas por tão variados dramas, mais e menos reais, lamento ter que passar uma notícia mais que nada de bom trará, excepto uma maior consciência global sobre uma guerra em particular.

"Pensaram que os três mini autocarros tinham rebeldes e bombardearam-nos", afirmou um porta-voz do Ministério do Interior afegão, Zamari Bashary. O porta-voz tinha indicado pelo menos 21 mortes, a que se somaram ainda 11 feridos. Um novo número do Governo mencionou depois "pelos menos 33 mortes, entre elas quatro mulheres e uma criança, segundo a AFP.

O comando da missão da NATO no país (ISAF) reconheceu, em comunicado emitido esta manhã, a morte de civis nesta acção, que ocorreu na manhã de domingo na província de Uruzgan, sem dar conta porém de um número preciso.

As forças internacionais avançaram que o ataque aéreo visou uma caravana “suspeita” de três veículos que se aproximavam de uma unidade militar conjunta de tropas da NATO e afegãs, tendo os militares no terreno descoberto posteriormente “várias pessoas mortas e feridas”, incluindo mulheres e crianças.

A NATO temera a aproximação de combatentes taliban, dando então ordem do ataque aéreo sobre o local, numa região que se encontra sob controlo da rebelião. Mas o governador de Uruzgan, Sultan Ali, sustenta que todas as vítimas mortais – que contabilizou como tendo sido 27, mais dez feridos – eram todas civis.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Bookcrossing








O Bookcrossing é um clube de livros global, que atravessa o tempo e o espaço. É um grupo de leitura que não conhece limites geográficos. Os seus membros gostam tanto de livros que não se importam de se separar deles, libertando-os, para que possam ser encontrados por outros.

O objectivo do Bookcrossing é transformar o mundo inteiro numa biblioteca.
Em Portugal, a comunidade Bookcrosser conta já com mais de 8 000 membros, sendo uma das maiores comunidades da Europa e a décima em termos mundiais.

Activos nos fóruns, listas de discussão, troca de livros, mensagens privadas, encontros e actividades várias, os bookcrossers portugueses têm à sua disposição uma variedade de formas de participar nesta comunidade.

De momento não existe ainda um interface português para o site, pelo que, por agora, os utilizadores têm de trabalhar no site em inglês.

Em Vila Real, no famoso Edifício Mantas, existe um pequeno paraíso chamado Conta Coisas, onde pagamos contas de electricidade, compramos a "National Geografic" e a FHM, tabaco de enrolar, sabões de cânhamo, chá de Rooíbos, tinteiros de impressora, vários productos do "Comércio Justo",Red Bull, Super Bock, cerveja de cânhamo, tripas doces, e levamos livros para casa, gratuitamente, livros que viajaram já por muitas outras mãos, e por muitas outras mãos irão viajar, depois de saírem das nossas, numa Utopia da Leitura que lembra outros ideais de Liberdade e Educação, já tão esquecidos neste mundo de Gripes Suínas e precariedade laboral, especulação financeira e políticas vazias.


Imagine agora um mundo, onde encontra um livro num banco de jardim, um novo mundo sob a sombra de uma árvore de Tília, um vento fresco contrariando o aquecimento global, uma luz, que após 3 semanas, larga numa agradável esplanada à beira-mar, onde uma rapariga, que escapou agora mesmo de um inferno de escritórios para umas férias de 3 dias na praia, o encontra, mergulhando em novo universo de histórias e emoções, numa aventura de letras, sentindo-se renascer das cinzas, erguendo-se agora com nova força para enfrentar a vida, largando este tesouro num banco, à beira de um rio, onde tantas pessoas fazem jogging logo pela manhã, sendo encontrado por um ancião que ali passeava, e por aí fora, eternamente semeando cor e alegria pelas mãos onde passa.

Que livro poderia ser mais feliz que este...

Já agora, próximo sábado ou domingo, no telejornal da tarde, RTP1, haverá uma pequena peça sobre o
Bookcrossing no Conta Coisas. Não percam...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Gregory Colbert, Criador de Ashes and Snow


“Ao explorar a linguagem e a sensibilidade poética comum a todos os animais, meu trabalho tenta redescobrir um universo outrora compartilhado com harmonia pelos seres humanos e os animais. As imagens reflectem um mundo que não tem começo nem fim, que não se situa aqui nem ali, que não está no passado nem no presente.”
—Gregory Colbert, Criador de Ashes and Snow

Ashes and Snow, de Gregory Colbert, é um projecto em andamento que entrelaça diversos trabalhos fotográficos, filmes 35 mm, instalações artísticas e um romance epistolar. Com profunda paciência e um inabalável compromisso com a natureza expressiva e artística dos animais, Colbert capturou momentos de extraordinário contacto entre seres humanos e animais.

Sua iconografia animalista do século XXI inclui espécies totémicas de várias regiões do mundo. Desde que iniciou a criação de sua singular obra Ashes and Snow, em 1992, o artista realizou expedições para regiões como Índia, Egipto, Burma, Tonga, Sri Lanka, Namíbia, Quénia, Antárctida, Açores e Bornéu, colectando imagens que ele perpetuou em fotografias e filmes.

O título Ashes and Snow faz referência ao componente literário da exposição — o relato fictício de um homem que, ao longo de uma viagem de um ano, escreve 365 cartas à esposa. A origem do título é revelada na 365a carta. As fotografias e o longa metragem de uma hora, realizados por Colbert, constituem livres interpretações dos encontros e experiências descritos pelo narrador em suas cartas.

Obra de incomparável valor. A visitar.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O Duelo Sócrates Vs Jornais



A acreditar em tudo o que se escreve, vivemos com um governo corrupto, numa sociedade corrupta, onde até a hipótese de censura existe.

Ainda que a corrupção seja um problema real em Portugal, para mim, toda a perseguição ao governo pelos jornais não passa de um gigantesco Circo, criado para manipular o poder/opinião pública, e, é claro, para vender muitos jornais.

Será que já esquecemos como, há sete ou oito anos, o eng. Sócrates era o menino querido dos média, o
novo Dom Sebastião, que surgiu miraculosamente na neblina da televisão portuguesa?

Como passou agora a Salazar?

Existe um quarto poder com claras pretensões a primeiro poder, e existem já
novos sebastiãos prontos a tomar o lugar da cadeira que caiu, não de velha, mas esburacada pelas balas de papel da imprensa portuguesa.

E existe uma clara falta de respeito pelo povo português, que sofre de desemprego, emprego precário a recibos verdes, falta de oportunidades para os jovens, falta de verdadeiros apoios aos idosos, entre tantas outras coisas para apontar ao governo.

E tentativas de censura não são censura. Tudo se pode escrever, como podemos observar todos os dias, principalmente o inútil. Falar em censura é uma falta de respeito para com aqueles que, de facto, a sofreram, com cadeia, tortura, exílio ou morte.

O que se passa é a antiga briga de comadres, onde as (in)verdades que se descobrem só interessam a uma classe profissional egocêntrica demais para ver a merda que está a fazer.

O povo segue demasiado sereno, pois imerso em problemas que vocês já consideram banais, comparado aos possíveis crimes das altas figuras que vocês mesmos criaram, e desejam agora destronar, simplesmente porque podem.

Vocês, que são parte essencial da Democracia, envergonham-nos muito a nós, o Povo.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A Falácia do Mercado do Carbono


Não há surpresas no actual capitalismo.
Logo, assim que (os líderes do mundo)anunciam uma solução para o aquecimento global, é de desconfiar.

Primeiro tudo fizeram para obterem o máximo lucro, agora preocupam-se com o Ambiente?

Esta curta metragem pode ajudar a compreender a falácia por detrás do mercado de carbono. Está em inglês, mas uma versão legendada pode já estar disponível no You Tube.

A informação é a nossa melhor defesa.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Possível solução para o caso Sócrates/TVI/MMGuedes


Ora bem.
Em minha humilde opinião, todo o caso é apenas polémico porque sujeito a um paradigma inevitável:

- Existem apenas 4 canais de sinal aberto e disponível aos mais pobres dos cidadão portugueses, bem como à restante minoria (os outro 20 por cento da população de situação financeira despreocupada).

Tais canais ganham assim uma gigantesca importância para o sistema politico-económico, pois formam a chamada "opinião pública. Dois pertencem ao estado (chamem-lhe burros), outros dois são privados.

A luta pelo controlo destes 2 últimos será sempre dura e selvagem, com o olhar no domínio das massas.

Pois se autorizarem, de repente, mais 10 canais (ou 100, porque não), toda a questão desaparece, tornando-se ridícula qualquer tentativa de dominação de um único canal (por parte do estado, ou conglomerado/multinacional de empresas do ramos dos médias e outras, hipótese esta bem mais realista que o controlo do estado, aparelho ultrapassado pelas multinacionais, já há muito tempo).

Problema resolvido.

Auto-Determinação para a Madeira Já


É altura de reconhecer aquilo que o iluminado governo da Madeira deseja há já tanto, ser uma república independente das limitações ideológicas do continente.
E dos seus orçamentos. Independência já...

Manteremos alguns protocolos, considerando os jovens da Madeira como os novos PALOPs.
E mais nada.

Menos uma dor de cabeça.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Sobre Jardim e seu Governo eu digo "FUCK THEM"!


Mas estará tudo doido.
Como é que partidos de esquerda foram defender o "offshore" da Madeira?
Que apocalipse aconteceu para eu vir aqui escrever um texto a defender o PS de Sócrates?

Como podemos nós dar, no actual contexto, benefícios a uma região que, exceptuando Lisboa, é a mais rica de Portugal?

Como se pode pôr os Açores, uma das nossas regiões mais pobres e necessitadas, e no entanto, das mais cumpridores a nível orçamental, no mesmo saco que a Madeira?

Se é para acabar com o "offshore", e instalar a igualdade de direitos e contribuições, então vamos em frente camaradas!

Agora, esta lei é um ABSURDO de todo o tamanho! Que credibilidade deseja agora ter a oposição de esquerda perante o seu eleitorado?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

"Um suicídio no trabalho é uma mensagem brutal"

A mudança de paradigmas no local de trabalho, sempre em benefício dos patrões, têm originados novos fenómenos, como o suicídio no trabalho, e o reconhecimento de velhos fenómenos como o Assédio moral, ou mesmo sexual.

O cenário de crise só aprofundou mais estes problemas. Os sindicatos têem se revelado incapazes de satisfazer estas novas demandas, cristalizados que estão nos seus próprios interesses, e nas suas associações com partidos.

Sobre estes temas versa a entrevista de Ana Gerschenfeld, a Christophe de Dejours, no Público.

Movimento emigratório actual comparado ao da década de 60

O presidente da comissão de especialidade de fluxos migratórios, Manuel Beja, julga que é preciso recuar até década de 1960 para encontrar uma vaga de emigração tão grande em Portugal.
por Ana Cristina Pereira

E a pergunta que fica é: que esperam os restantes portugueses?
Fala-se de uma cultura de Emigração,mas qual é o português que deixa, de ânimo leve, a terra onde cresceu, onde têm familia e amigos?

É muito grave a situação do país, mas quase ninguém sai à rua para gritar contra este "estado de coisas a que chegámos".
Logo, ficará muito pior antes de melhorar.

Quantos mais irão sair, vergados pela fome disfarçada, pelas dividas e pela vergonha do desemprego?