Os nossos políticos, quando no governo, sempre tiveram uma clara atitude de obediência para com os grandes poderes estrangeiros.
O melhor exemplo, na minha opiniao, está num politico que, até ao final dos
anos noventa, ninguem reparava muito nele, sendo uma figura secundária
relativamente aos governos de Cavaco e Silva.
Falo aqui de José Durão Barroso. Após os governos de Guterres, foi eleito
primeiro ministro, e logo nas primeiras 3 semanas liberalizou os preços dos combustíveis fósseis. E a partir daqui, as gasolineiras fizeram o que bem entenderam.
Não esquecendo aquele fantástico episódio nos Açores, onde se juntou a G.W.
Bush, Tony Blair e Aznar, prontinho para lançar a Guerra sobre o Iraque, sem a
minima consulta ou aviso prévio ao povo Português.
Resultado: foi escolhido para Presidente da Comissao Europeia, cargo que
ainda ocupa hoje. Para tal só teve de abandonar Portugal nas mãos de Santana
Lopes, cumprindo apenas 2 anos de mandato, e abrindo assim o caminho para
Sócrates.
Este é o herói dos nossos politicos.
Obedece aos grandes, e vencerás na
vida. O lugar de presidente da comissão europeia está tomado, mas quem sabe um
lugarzinho no FMI, ou no BCE.
Já Guterres, que era obediente mas demasiado “bonzinho”, foi recompensado
com um lugar como embaixador dos refugiados na ONU, cargo “bonzinho”, mas insignificante
para os nossos políticos.
Tendo tudo isto em conta, penso que se percebe melhor a conduta do actual primeiro ministro português, que muitos já apelidam de “mais troikista que a Troika”.
Muito mais que uma simples obediência, trata-se de uma Apaixonada Subserviência cheia de fervor ideológico neo-liberal.
Existe um futuro radiante lá fora para ser conquistado. Afinal quem quer
saber deste pequeno jardim, á beira mar endividado.
Sem nos livrar-mos desta classe política mercenária, o futuro do povo português é negro, admitindo que ainda haja algum futuro.
E as soluções pacíficas parecem claramente esgotadas