quarta-feira, 26 de maio de 2010

Colapso (2009)



(EUA, 2009, - Direcção:Chris Smith)
Para não falar que ninguém nos avisou sobre o provável futuro que teremos...
Aprenda com Michael Ruppert, uma das mentes mais brilhantes dos EUA, cheio de conhecimento, clareza, discernimento de preocupações e de amor pela humanidade. Suas previsões são infalíveis, seu cepticismo é arrebatador.
(docverdade)

Comentários docspt: De uma forma geral, os Americanos preferem ouvir boas notícias. Gostam de acreditar que o novo presidente irá corrigir o que está mal, que a energia limpa irá substituir o petróleo e que uma nova linha de pensamento irá tornar honesta a economia. Estudiosos americanos tendem a conter o seu pessimismo e a esperar pelo melhor. Mas estará alguém preparado para o pior?
Conheça Michael Ruppert, um americano diferente. Ex-policial de Los Angeles que virou jornalista independente, ele previu a actual crise económica no seu folheto informativo, "From the Wilderness", numa altura em que a maioria dos analistas em Wall Street e em Washington estavam ainda em negação.
(...)
Colapso serve também como retrato de um solitário. Com o passar dos anos, Ruppert manteve-se fiel ao que acredita apesar de feroz oposição. Ele descreve candidamente os sacrifícios e motivações da sua vida. Enquanto outros observadores analisam detalhes da crise económica, Ruppert vê-a como um sintoma de nada mais do que o colapso da própria civilização industrializada.

Versão Completa Youtube

Torrent - Legendas pt-po

sábado, 15 de maio de 2010

Un Poquito de Tanta Verdad - A Little Bit of So Much Truth (2007)



(EUA, 2007, 93min. - Direção: Jill Irene Freidberg)

Excelente oportunidade de ver a relação entre média e poder!

Comentário dos produtores:
"No verão de 2006 explode um levante popular massivo no estado de Oaxaca no sul do México. Alguns o compararam à Comuna de Paris. Porém, o que realmente fez historia em Oaxaca foi as novas formas de organização social que apareceram, as novas formas de tomadas de decisão, a negação de todas as instuições estatais e também o uso dos meios de comunicação.
Um Poquito de Tanta Verdad mostra o fenômeno sem precedentes que teve lugar quando dezenas de milhares de professores, donas de casa, comunidades indígenas, trabalhadores da saúde, camponeses e estudantes se apoderaram de 14 emissoras de radio e de uma emissora de televisão, utilizando-as para organizar, movimentar e finalmente defender sua luta por justiça social, cultural e econômica"

Google Video

Torrent

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Revolução dos Cocos - Coconut Revolution - Bougainville Our Island Our Fight (1999)

Impotentes perante um mundo capitalista selvagem? Vejam isto então...




(Reino Unido, 1999, 50min. - Direção: Dom Rotheroe)

Imperdível !!! A história contada por esse documentário é tão incrível, que poderia ser uma fábula.

Imagine a população de uma ilha - desapropriada por uma concessão de extração de cobre – cansada de ver suas matas serem destruídas, sabotam as instalações da maior empresa mineradora do mundo.
Depois disso, enfrentam com flechas, as metralhadoras do país que domina a ilha, depois enfrentam o militares da Austrália, depois os mercenários e um embargo de 7 anos.
Como conseguir armas, alimentos, combustíveis, energia eléctrica e medicamentos com o embargo?
Criatividade, optimismo e força de vontade transformaram esse povo da ilha de Bougainville num dos melhores exemplos de sustentabilidade e resistência do mundo.
Talvez, juntamente com "The Take" o mais belo documentário aqui postado.
(Sinopse original do docverdade)

Revolução dos Cocos no youtube


Torrent - Legendas pt-br

A nossa fúria e a nossa revolta, por BAPTISTA-BASTOS




2010.05.05
Não me recordo de termos sido felizes. O 25 de Abril abriu as parangonas dos nossos testemunhos mútuos, mas a festa durou, apenas, pouco mais de ano e meio. A euforia termina sempre na indolência, outro modo de resignação. Desde que me recordo, vivi cercado pela crise, mas, também, pelos acenos dos "amanhãs que cantam." Com este ou com outro estribilho, os homens admitem o sofrimento e, às vezes, até, a abjecção das épocas, na esperança de que o futuro será melhor. Talvez eu seja um pouco tonto, talvez, ou um teimoso obstinado e caturra; porém, continuo a acreditar no surgimento de outra coisa que substitua esta selvajaria sufocante.
Acordamos e deitamo-nos sob a pressão da catástrofe iminente. A imprensa, as rádios e as televisões encharcam-nos de medo e de desassossego, a moderna aptidão para se abraçar um certo estado de vida. Viver no medo e no desassossego foi a ideologia dominante nos cinquenta anos salazaristas. Um medo e um desassossego larvares, prolongados, depois, pela natureza canibal de uma economia, que assaltara, de mão armada, a política, e ameaça a saúde da democracia. Como, aliás, se vê por aí.
Emmanuel Mounier, o filósofo do personalismo, que li, e releio, com mão diurna e nocturna, escreveu: "O homem renova, perpétuamente, o aspecto das suas indignações" - para nos ensinar do transitório das coisas e da necessidade de não perdermos o fio à meada de uma batalha nunca ganha mas também nunca perdida.
Chegámos a uma situação perigosa. O papel essencial do trabalho, na sociedade, é desprezado por uma laia dirigente, emproada e vil, ignorante da experiência da História, e que não sabe redefinir as bases do contrato social. O caso da Grécia, independentemente dos seus contingentes pecados, é significativo dessa vileza. A senhora Merkel, cuja cabeça não é, propriamente, um bulício de inteligência, desconhece que o projecto europeu (seriamente avariado) constitui a aprendizagem de viver juntos. Ao recusar auxiliar os gregos, nomeava a Alemanha como dona da Europa. Ignorava que a Europa ajudara a Alemanha a recompor-se das ruínas, pressionando, inclusive, os Estados Unidos a colaborar na empresa.
Ainda há horas vi, na televisão, o rosto desfeito em lágrimas, em dor, em susto, em assombro, de uma desempregada da Allcoop, cadeia de supermercados no Algarve, que formulou esta dramática pergunta: "Quem nos ajuda?" Ninguém. Com esta Europa, com este, e outros ruinosos governos, cheios de piedade sentenciosa e de explicações superficiais, nada há a esperar.
Resta-nos a fúria da nossa repulsa e a força imparável da nossa revolta.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Histeria papal, e outros berros...






As decisões do aparelho político dirigente das classes burguesas, a propósito da vinda do papa católico a Portugal, revelam a sua refinada hipocrisia, assim como constituem mais uma prepotência em relação às classes exploradas e ao povo deste País.

Numa altura de “crise”, em que se exigem enormes sacrifícios aos trabalhadores, esbanja-se grande quantidade de dinheiro (a nível público e privado), numa operação de
marketing e fausto, que constitui um enorme escândalo. Isto, para além de considerarmos que as posições assumidas por este papa, ao longo da sua vida, têm sido geralmente retrógradas e violadoras das liberdades dos homens e mulheres deste nosso mundo.

A "crise" é, de facto, só para alguns...


O texto que se transcreve a seguir foi retirado do excelente blogue
http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com/

O povo saiu à rua num dia assim

Que me desculpe o povo deste país mas gente mais aparvalhada não há. É comodista, resignado e pouco dado a incomodar-se.

Não sai à rua para defender os direitos que todos os dias lhe roubam, não sai à rua para defender os empregos que lhe tiram, não sai à rua para defender os salários que cada dia são mais de miséria, não sai à rua para correr com os corruptos que por ai andam, não sai à rua para exigir justiça, não sai à rua para acabar com a pouca vergonha dos compadrios pagos a milhões, nem para impedir que o dinheiro dos nossos impostos seja utilizado para salvar os bancos e não o país.

Não sai à rua para lutar, mas vai em peso saltar para a rua quando o seu clube ganha um campeonato, e vai voltar a sair para ver o papa.

Depois, quando tudo desabar, lá vão a Fátima pedir aos santinhos que os salvem.

Ontem à noite bem tentei saber notícias deste país e deste mundo, mas só dava futebol e mais futebol. Horas e horas como se nada mais fosse importante. Hoje saltaram de alegria e amanha vão ver o papa. Bons temas de conversa para terem depois de amanha na bicha do centro de emprego.

sábado, 8 de maio de 2010

Bolonha: dez anos de indigestão


No passado dia 15 de Março, foram assinalados os dez anos da assinatura da Declaração de Bolonha. O acordo, celebrado entre cerca de 47 países, previa a formação de um espaço transnacional de ensino superior que possibilitasse um maior intercâmbio entre instituições e uma maior mobilidade dos seus estudantes. Desde o início, os objectivos de Bolonha eram facilmente evidenciáveis, sendo possível identificar no seu texto os habituais chavões neoliberais, como a «promoção da competitividade entre instituições» ou o fomento dos níveis de «empregabilidade» dos seus formados. Se a retórica pouco enganava, a sua aplicação prática não deixaria margens para dúvidas.
Em Portugal, a assinatura da declaração irá gerar, directa ou indirectamente, profundas mudanças no sistema de ensino superior. O valor de propinas, até então fortemente contestado, sofre um aumento brutal (superior aos 100%), tornando cada vez mais difícil a condição dos estudantes com menores rendimentos. Perante uma acção social escolar incapaz de responder a estas situações, a banca consegue uma maior penetração no ensino superior, aproveitando o vazio criado pelo estado. Através do seu sistema de empréstimos a estudantes, iniciam os jovens numa prática adulta: o endividamento.
Ao aumento de custos, contrapõe-se a diminuição da qualidade de ensino. A necessidade de se fabricar trabalhadores qualificados, prontos a alimentar qualquer call-centre ou centro comercial, conduziu à diminuição do número de anos de licenciatura (de 4 para 3) e ao aumento dos cursos de mestrado, não sujeitos a financiamento público. Bolonha, deste ponto de vista, parece procurar impor nas universidades um quase apartheid de classe: os mais pobres ficam cada vez mais afastados do ensino superior; os que têm alguns recursos têm uma licenciatura com menos anos, mas a um maior preço; os mais privilegiados têm a possibilidade de vir a complementar a licenciatura com a frequência de mestrado.
A redução do orçamento para o superior, verificada ao longo da última década, traduziu-se igualmente na precarização dos docentes – assinalada pela introdução de um novo jargão economicista: o conferencista, professor universitário a recibo-verde – e na subcontratação de algumas das suas esferas, nomeadamente dos serviços de cantina.
Porque enquanto houver infâmia, haverá resistência, vários grupos de estudantes organizaram uma cimeira alternativa, paralela à conferência europeia, com o objectivo de contestar a transformação do direito à educação em mercadoria, e de construir alternativas e estratégias comuns.
Para a próxima 4ª feira, 24 de Março, dia do estudante, algumas associações de estudantes (ESAD das Caldas da Rainha e Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) estão a mobilizar para uma manifestação em Lisboa pelo ensino superior público, enquanto que em Coimbra decorrerá uma acção simbólica.

War Dance (2007) - A Dança da Guerra


(EUA, 2007, 107 min. - Direção: Sean Fine, Andrea Nix)

Maravilhoso!
Tocante e envolvente história de delicadeza em meio ao sofrimento.
Numa zona de guerra extremamente conflituosa, onde a violência humana parece não ter limite para tanta barbárie, surge, numa escola infantil, a música. As crianças, muitas delas que testemunharam assassinatos de seus pais, sequestros de seus irmãos, a perda de tudo, tem um momento para poder esquecer o desespero de suas vidas nos campos de refugiados para participar do maior concurso de música e dança de Uganda.

"Música é a nossa tradição, nem a Guerra pode tirá-la de nós".
(Comentários: Docverdade)

Trailer

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