Pois é. O primeiro album - LP - de Fausto não só é uma obra prima da música popular portuguesa, como inclui uma das melhores canções de todos os tempos, ÿ tão injustamente esquecida - A denúncia involuntária da atracção!!!!
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Postal Para D. João III
Composição: Vitorino
Ao Zeca Afonso
Acorda João III
Querem-te roubar a fama
Um cardeal interesseiro
Pelo sto. ofício chama
Diz que vem pra nos salvar
Da tentação de Mafoma
Metido numa redoma
Jura que é inofensivo
Da tentação de Mafoma
Metido numa redoma
Jura que é inofensivo
Traz baú de ordenações
Cadafalso e sambenito
Cara de corpo-delito
Volta o polé pràs funções
Cadafalso e sambenito
Cara de corpo-delito
Volta o polé pràs funções
Eu por mim faço um manguito
Às armas do cardeal
Vou-te mandar um postal
Com novas dos teus filhotes
Às armas do cardeal
Vou-te mandar um postal
Com novas dos teus filhotes
De todos a mais notada
Com pergaminho d´elite
Essa bastarda Judite
Tens-lhe a alma confiada
Com pergaminho d´elite
Essa bastarda Judite
Tens-lhe a alma confiada
Bate-me à porta de noite
Diz que sou um excomungado
Mil heresias, culpado
Carbonário, contumaz
Diz que sou um excomungado
Mil heresias, culpado
Carbonário, contumaz
Diabo, anarquista negro
Blasfémia não controlada
Quer saber qual o segredo
Da alma duma granada
Blasfémia não controlada
Quer saber qual o segredo
Da alma duma granada
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
sábado, 18 de dezembro de 2010
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Sul
Deixo na marcha a marca doce
Dum passo alegre por voltar
Na outra margem, sou feliz
Invoco a Terra, campo em flor
Um mau olhado por Lisboa
Rio da sorte e maus caminhos
Linha entre a dúvida e o desejo
Pão tão difícil
Incerteza, d´amanhã
Vou no vapor da madrugada
A minha estrada vai prò Sul
Dá-me um abraço d´encantar
Volto para o fundo dum olhar
Meiga paixão ao Sol do Estio
Rubra papoila fugidia
Encontro certo no trigal
Nada me prende, vou-me embora
Vou prò Sul...
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Assim falou um estudante inglês de 15 anos
«In this video, a fifteen-year-old British student
(I think the announcer calls him "Berkeley,
" but it could be "Rodney" or something else)
gives and rousing, articulate call-to-arms
for social justice, solidarity, and social justice.
This young man is one of the best speakers I've heard,
and I salute his passion and his integrity:
«(...)They can't stop us demonstrating,
they can't stop us fighting back, and how ever
much they try to imprison us in the streets of London,
those are our streets. We will always be there
to demonstrate, we will always be there to fight...We are no longer that generation
that doesn't care,
we are no longer that generation
to sit back and take whatever
they give us.
We are now the generation
at the heart of the fight back. (...) »
(I think the announcer calls him "Berkeley,
" but it could be "Rodney" or something else)
gives and rousing, articulate call-to-arms
for social justice, solidarity, and social justice.
This young man is one of the best speakers I've heard,
and I salute his passion and his integrity:
«(...)They can't stop us demonstrating,
they can't stop us fighting back, and how ever
much they try to imprison us in the streets of London,
those are our streets. We will always be there
to demonstrate, we will always be there to fight...We are no longer that generation
that doesn't care,
we are no longer that generation
to sit back and take whatever
they give us.
We are now the generation
at the heart of the fight back. (...) »
sábado, 11 de dezembro de 2010
Esquerda obediente e bem comportada (do blog fogemariafoge)
Considerações tardias à manifestação que no passado dia 20 de Novembro se iniciou no Marquês e se estendeu ao longo da mais estreita Avenida da Liberdade, que Lisboa de Abril conheceu.
Nunca este país assistiu a uma manifestação tão violentamente apertada pela polícia, que por sinal celebrava uma paz que pelos vistos, tanto assusta os senhores da guerra que entrincheirados no Parque das Nações, revelaram muita mais debilidade que força ou coragem.
Cedo se foi preparando o salão de festas em que se tornou este miserável pais que se propôs acolher a corja de bandidos que mais não fazem que servir obstinada e servilmente, os interesses do grande capital transnacional.
O ingrediente que fecunda, de vazio e apatia, os povos deste mundo, foi desde cedo generosamente servido, o MEDO.
O medo que me escuso de relembrar, mas que serviu de pretexto para sitiar este país.
O ridículo tomou conta das fronteiras, aos gendarmes (só me apetece chamar-lhes assim) mais valia que tivessem vestido as fardas de gala, mais apropriadas à dimensão dos convidados que aterraram em Figo Maduro e mais condizentes com as palhaçadas a que se dispuseram.
O silêncio geral, tão pouco me surpreendeu. Mais uma vez a estratégia resultara. Pergunto-me somente até quando irá valer e até quando continuaremos a seguir acriticamente os conselhos, análises, leituras e propostas que nos são impingidas por uma comunicação social invertebrada.
Chegado ao Marquês, também não me surpreendeu o tom monolítico de uma iniciativa aparentemente unitária. Tom que considero dispensável em contextos em que muito mais haveria a ganhar e muitos mais se poderiam adicionar, se a matriz imposta ao protesto não tivesse que obedecer a uma forma demasiado triste. Triste porque castradora da imaginação e limitadora da diferença que emancipa a liberdade.
E é aqui que a vaca tosse…
Começo a ter dificuldades em reconhecer-me numa esquerda que tem medo da diferença. Que sai à rua cedendo com subserviência a uma negociação imposta pela polícia, que vendendo a alma ao diabo faz com que de tantas voltas se desfaça a mortalha que abraça os corpos frios dos camaradas que em outros tempos, preferiram perder a vida, à liberdade de pensamento.
E que foge para casa antes das 5 da tarde, pois parece conviver mal com o sol posto. Uma esquerda à Sir David Attenbourough que se envergonha de desfilar ao lado da irreverência urbana, mas faz alarde em apoiar os guerrilheiros na selva.
E por isso com raiva contida lhes digo:
À merda para uma esquerda que quer que as manifestações, que são de todos porque são do POVO, sejam só suas e só para se poder mostrar.
À merda com uma esquerda que se contenta em sair à rua de cravo na mão a horas certas, conformando-se com tal possibilidade.
À merda com uma esquerda que não se indigna por ter de se manifestar entre bestas armadas até aos dentes e ainda assim se propõe auxiliá-los em tão cretina tarefa.
À merda com uma esquerda que convida guerrilheiros para a sua festa, mas abandona jovens à sua sorte, sabendo que vão servir de festim a uma matilha de cães raivosos largados em plena baixa de Lisboa.
À merda porque ainda assim continua a ser a minha esquerda, a mais querida de Portugal.
Uma esquerda que pelo valor dos homens e mulheres que a integram, reconheço capaz de rasgar novos caminhos. Uma esquerda generosa que não trocou os princípios pelo poder, que não capitulou perante o anunciado fim da história, uma esquerda que não abandona a luta contra as injustiças e contra as desigualdades e sobretudo, uma esquerda que não desiste do sonho (1).
Por isso repito, à merda com a vossa postura e vejam lá se não será tempo de acordarem.
fogemariafoge
(1) Possuo sérias discordâncias com o autor neste ponto. As acções falam mais alto que as supostas intenções
(1) Possuo sérias discordâncias com o autor neste ponto. As acções falam mais alto que as supostas intenções
"Utopia e Barbárie" de Silvio Tendler
Aos companheiros do Brasil, onde posso eu fazer o download deste Documentário?
Abraço
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
OS EUA x JOHN LENNON
"De todos os documentários já feitos sobre John Lennon, este é o que ele amaria", disse Yoko Ono, a viúva do artista, sobre o documentário de David Leaf e John Scheinfeld.
O ex-vocalista dos Beatles usou sua fama e fortuna para protestar contra a Guerra do Vietname e lutar pela paz mundial. O documentário mostra a transformação do artista em activista social e relata como o governo norte-americano tentou silenciá-lo e expulsá-lo do país.
Focando-se no período de 1966 a 1976, o documentário aborda ainda a luta pelos direitos civis, a nova esquerda e os movimentos políticos, a decepção com o governo Nixon, o caso Watergate. O filme é costurado com depoimentos de pessoas importantes da época, como os activistas afro-americanos Angela Davis e Bobby Seale, os jornalistas Carl Bernstein e Walter Cronkite, o veterano do Vietname e activista Ron Kovic, o historiador e novelista Gore Vidal, entre outros.
Mas Lennon é a presença central do documentário. Ele surge como uma pessoa de princípios, engraçado, um jovem extraordinariamente carismático, que se recusa a ficar calado frente às injustiças. Yoko Ono, ao contrário da imagem feita pela imprensa e pelos fãs, surge como factor agregador e importante nas decisões políticas do músico.
Como o escritor Gore Vidal bem resumiu, Lennon, no início dos anos 1970, representava a vida, enquanto Richard Nixon e George Bush pai eram a morte. Disse então Lennon: O tempo fere todas as curas. Infelizmente, seu sonho, que foi calado ao som de tiros, é até hoje a prova da lucidez dessa afirmação.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
O projecto do Comboio de Alta Velocidade em Portugal e a necessidade de o parar
Experiências de luta em Itália e no País Basco
18 de Dezembro, das 14h às 20h
O TGV, cujas obras vão ser brevemente iniciadas, é um dos projectos mais destruidores que o capitalismo concebeu para a região portuguesa. O impacto que terá no meio ambiente e nas vidas de todos é muito maior e muito diferente que aquele previsto por organizações ambientais e sociólogos do Estado. O TGV traz consigo a actualização do sistema de miséria em que todos vivemos abrindo a partir daqui o espaço necessário para que muitas mudanças sejam feitas na sociedade portuguesa. O controlo social, a transformação do território, a militarização das ruas e a urbanização desenfreada nas cidades, vilas e aldeias por onde passa a Alta Velocidade são apenas consequências imediatas de um projecto de desenvolvimento que é necessário combater.
Este processo de destruição teve já lugar em outras partes deste mundo, nomeadamente em França, Itália, Espanha e Pais Basco e em todos eles contou com grupos e movimentos de oposição variados tendo sido em alguns locais uma luta sem tréguas pela destruição das máquinas e instituições que queriam levar avante a construção da infra-estrutura do comboio. Muitas destas lutas continuam activas tal como as linhas de alta velocidade e o seu desfecho é imprevisível em inúmeros sítios. No meio de tudo isto apenas nos alegra o facto de que para muitos lutar contra o TGV é apenas o início de uma luta mais ampla contra o desenvolvimento do Capital e muitos outros dos seus projectos.
Perante a necessidade de divulgar e debater experiências de luta contra os vários projectos do TGV pela Europa (Itália e País Basco) e divulgar informação sobre este projecto em Portugal vai decorrer dia 18 de Dezembro na SEVERA a Jornada contra o TGV.
SEVERA: Largo da Severa nº 11, LIsboa, Mouraria.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
domingo, 5 de dezembro de 2010
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