quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Alguém já reparou...
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Suicida custo de vida – as invasões barbaras do Euro
Penso que dia 12 deveria ser dia de votos, há uns bons anos atrás (6, 7 anos, quiçá?).
E voltei, numa melancolia doentia, a relembrar a introdução do euro em Portugal. Como os preços subiram...
De quem foi a culpa? Dos grandes retalhistas? Das associações de comerciantes? Onde estava a DECO? Onde estava a Autoridade reguladora da concorrência? Onde estava a protecção do Estado aos seus cidadãos?
Terá sido as constantes crises, nacionais e além-mar (que hoje ninguém distingue umas de outras, parecendo mais um único abismo económico Português), cujos efeitos, aparentemente, se diluíram com um artificial e repentino aumento de custo de vida, dias a seguir á introdução definitiva e irreversível do euro?
E quem decidiu, por nós, a introdução do euro, e consequente extinção da nossa moeda independente? Os mesmo que decidiram por nós a nossa anexação á C.E.E., talvez...
Quiçá os mesmos que decidiram a nossa anexação à constituição europeia, o misterioso Tratado de Lisboa (que ninguém, que eu conheça, o compreende), tão flagelado pelos irlandeses (que levaram com ele em cima, referendo após referendo, até dizerem que sim). Já agora, porque razão nós, portugueses, não temos o mesmo direito que decidir, como fez a Irlanda. Não vivemos todos em democracia? Ou há Democracias e “democracias”?
Concidadãos, estes assuntos perturbam o meu caminho para o almoço. Acontece algo assim com vocês? Não desejam voltar a uma velha Democracia, onde o café voltasse ser 50 escudos?
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
E quando o Facebook se revolta contra o Pingo Doce - vídeo
http://www.ionline.pt/conteudo/27579-e-quando-o-facebook-se-revolta-contra-o-pingo-doce---video
http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS_OPINION&id=391277
domingo, 25 de outubro de 2009
Sabias que o teu país está em guerra?
Em guerra com o Afeganistão, para que os nossos amos, as elites norte-americanas da indústria militar, não sejam vistos como a única superpotência de forças invasoras, especializada na guerra em território estrangeiro, no ataque em massa, de qualquer país “soberano” do nosso planeta.
Pretendem disfarçar o indisfarçável.
E os nossos governantes, socialistas ou sociais-democratas, atenderam com toda a submissão e eficiência, como nunca atenderam a nós, às nossas necessidades.
Lembras-te do grande papão vermelho, a U.R.S.S.?
Lembras-te qual foi o país que o papão invadiu na década de 80?
Achas que existem coincidências?
Como te sentes agora? Agora que sabes o destino dos teus impostos? Entre outras coisas, pagas para que os norte-americanos possam controlar o comércio de Ópio. E logo, o tráfico de Heroína. Como te sentes agora?
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Da Importância da Cultura numa pequena vila como Mora
Lembro-me ainda como, já há uns bons anos atrás, meia dúzia de mancebos criaram uma associação para comprarem um aparelho de vídeo, podendo assim ver o “Rambo”, ou “O último Tango em Paris”, num honroso esforço de colectivização da cultura. Deu-se assim o início de uma associação que viria a organizar múltiplos intercâmbios com França e Alemanha, abrindo largos horizontes aos seus jovens, bem como operou cursos de informática, canoagem, fotografia e outros.
Fui muito feliz crescendo dentro de algumas destas iniciativas, e muitos jovens do Concelho de Mora devem a esta associação o serem as pessoas e os profissionais que hoje são. Como exemplo, temos o actual presidente da junta de freguesia de Mora, Luís Caramujo, de inquestionável valor. Um exemplo entre muitos.
Esta não é mais a realidade da vila de Mora.
Actualmente há o Fluviário de Mora, referência da cultura científica no Distrito de Évora. Mas está limitado a uma pequena área desta mesma cultura (a fauna dos rios), uma visita preenche as necessidades de quase todo o cidadão, e o preço da entrada não é nada convidativo nos tempos que correm.
Era desejável um vereador da cultura, ou um seu assistente, dentro da câmara municipal de Mora, que pegasse num carro, e partisse para Évora, ou Montemor, ou mesmo Lisboa, recrutando entre universidades, cooperativas de artistas, bandas musicais, grupos de teatro, ou de actividades circenses, projectos de interesse para a população em geral, acessíveis ao bolso dos mais fracos subsídios. Mas até hoje, não se viu tal. E a vila desespera á sua espera.
É inquestionável o valor de uma cultura laica e diversa no Alentejo. Não apenas para o desenvolvimento cultural e pessoal dos seus cidadãos, mas para o enriquecimento de um quotidiano cada vez mais opressor e pobre, de uma vida social que parece ter parado nos anos noventa do século passado. “Não se passa nada” parece ser uma opinião partilhada por quase todos.
Para não falar também da atracção extra que se ganha, com programas culturais diversos numa mesma noite, puxando população de outras freguesias e distritos para passar longo serão no concelho de Mora, gastando aí o seu dinheiro.
As ocasionais touradas ou exposições temáticas não chegam para preencher estes objectivos, já que o seu público têm muita oferta, e mais rica, em toda a freguesia alentejana ou ribatejana (caso das touradas), ou essas actividades visam pequenos grupos de interesses, atraindo assim pequenos grupos de pessoas (caso das exposições temáticas e concursos de pesca). Ainda assim, é de louvar as exposições. Só deveriam ser mais, com variados temas, mais regulares, e de presença constante, tornado a Cultura de Mora sempre presente.
Prima assim, pela sua diferença, quantidade e qualidade de eventos, a Sociedade de Instrução Musical Morense que, num relativo vazio de cultura, é cada vez mais o verdadeiro Centro Cultural do Concelho de Mora. Parece ser este o seu papel histórico.
Pelo que dou, aos seus membros, os meus parabéns. Que continuem o bom trabalho.
O Concelho agradece.
Miguel Eduardo Lopes