Parece-me óbvio que te amei apenas para te perder.
Como parte do crescimento de um homem, que perdeu os dentes de leite, para morder o mundo com outra força.
Ou como a cobra que perde a pele, lá de estações em estações.
Mas não foi a pele que perdi. Foi antes o peito. O núcleo do meu peito.
Esse peito que é agora uma caverna escura, oca. Onde as memórias ganham um outro eco.
Imenso e doloroso.