"Começou com uma pessoa, como que electrocutada. Transformou-se numa estrutura de raios azuis e brancos, como se de um acidente inesperado se tratasse... logo em seguida contagiando as pessoas mais próximas, e daí contagiando mais pessoas, até todo o globo estar coberto por uma humanidade de azul eléctrico... e, num piscar de olhos, o eixo da Terra muda."
Este texto é um sonho que tive há muito pouco tempo... um sonho com cor, o que é muito estranho, principalmente depois de dormir só 5 horas após o ano novo... muito vivido, acordei em Lisboa com o coração acelerado... metafórico, suponho...
Não são raros os sonhos apocalípticos, são raros os sonhos com cor, os sonhos que podemos lembrar em noites poucos descansadas, depois de consumos de álcool exacerbados, sonhos que nos acordam em grande alvoroço, sem serem necessariamente pesadelos.
Não parece ser um Apocalipse o significado subjacente a este sonho, mas uma mudança drástica, uma mudança nunca antes experimentada por nós, uma mudança cujo cronometro não seja exactamente os alinhamentos galácticos, mas antes a humanidade, a sua transformação interna. Uma mudança para muito breve.
Talvez o sonho se refira apenas a mim, embora não acredite muito nisso (a visão de um globo terrestre desmente-o)... mas talvez se refira apenas a mim, já que pretendo sair do país muito em breve.
Não suporto mais este sonho podre, este estado zombie do cidadão português, que tudo pode fazer, mas prefere ficar no sofá frente à televisão, queixando-se entre dentes, indo, no máximo, uma ou duas vezes a Lisboa, desfilar na Avenida da Liberdade, sonhando agredir ou ser agredido por um bófia, ser tão miserável quanto ele.
Para trás ficam golpes de Estado, únicos momento de relativa mudança na história deste país, e reformas agrárias, projectos que permitiriam a auto-subsistência de largas parcelas da população, porque não dizer, do país, bem como reformas fiscais orientadas para uma maior justiça e igualdade social.
Para trás ficou a soberania do país e do cidadão.
Flutuamos assim na ilusão de uma possível mudança pacifica para algo melhor, que ninguém possui a coragem de especificar.
Eu não possuo mais energia para ilusões. Quando este Povo desejar verdadeira mudança, e construir essa mudança com suas próprias mãos, livre de potências estrangeiras e demagogias liberais, eu poderei voltar. Não esperarei, nem deitado... é grande, o mundo, e eu preciso dar corda ás minhas pernas.
Este texto é um sonho que tive há muito pouco tempo... um sonho com cor, o que é muito estranho, principalmente depois de dormir só 5 horas após o ano novo... muito vivido, acordei em Lisboa com o coração acelerado... metafórico, suponho...
Não são raros os sonhos apocalípticos, são raros os sonhos com cor, os sonhos que podemos lembrar em noites poucos descansadas, depois de consumos de álcool exacerbados, sonhos que nos acordam em grande alvoroço, sem serem necessariamente pesadelos.
Não parece ser um Apocalipse o significado subjacente a este sonho, mas uma mudança drástica, uma mudança nunca antes experimentada por nós, uma mudança cujo cronometro não seja exactamente os alinhamentos galácticos, mas antes a humanidade, a sua transformação interna. Uma mudança para muito breve.
Talvez o sonho se refira apenas a mim, embora não acredite muito nisso (a visão de um globo terrestre desmente-o)... mas talvez se refira apenas a mim, já que pretendo sair do país muito em breve.
Não suporto mais este sonho podre, este estado zombie do cidadão português, que tudo pode fazer, mas prefere ficar no sofá frente à televisão, queixando-se entre dentes, indo, no máximo, uma ou duas vezes a Lisboa, desfilar na Avenida da Liberdade, sonhando agredir ou ser agredido por um bófia, ser tão miserável quanto ele.
Para trás ficam golpes de Estado, únicos momento de relativa mudança na história deste país, e reformas agrárias, projectos que permitiriam a auto-subsistência de largas parcelas da população, porque não dizer, do país, bem como reformas fiscais orientadas para uma maior justiça e igualdade social.
Para trás ficou a soberania do país e do cidadão.
Flutuamos assim na ilusão de uma possível mudança pacifica para algo melhor, que ninguém possui a coragem de especificar.
Eu não possuo mais energia para ilusões. Quando este Povo desejar verdadeira mudança, e construir essa mudança com suas próprias mãos, livre de potências estrangeiras e demagogias liberais, eu poderei voltar. Não esperarei, nem deitado... é grande, o mundo, e eu preciso dar corda ás minhas pernas.
Somebody's sea
Swallowed by evil
Already gone
You and me
Watching the sea
Full of people
Already drowning