A acreditar em tudo o que se escreve, vivemos com um governo corrupto, numa sociedade corrupta, onde até a hipótese de censura existe.
Ainda que a corrupção seja um problema real em Portugal, para mim, toda a perseguição ao governo pelos jornais não passa de um gigantesco Circo, criado para manipular o poder/opinião pública, e, é claro, para vender muitos jornais.
Será que já esquecemos como, há sete ou oito anos, o eng. Sócrates era o menino querido dos média, o novo Dom Sebastião, que surgiu miraculosamente na neblina da televisão portuguesa?
Como passou agora a Salazar?
Existe um quarto poder com claras pretensões a primeiro poder, e existem já novos sebastiãos prontos a tomar o lugar da cadeira que caiu, não de velha, mas esburacada pelas balas de papel da imprensa portuguesa.
E existe uma clara falta de respeito pelo povo português, que sofre de desemprego, emprego precário a recibos verdes, falta de oportunidades para os jovens, falta de verdadeiros apoios aos idosos, entre tantas outras coisas para apontar ao governo.
E tentativas de censura não são censura. Tudo se pode escrever, como podemos observar todos os dias, principalmente o inútil. Falar em censura é uma falta de respeito para com aqueles que, de facto, a sofreram, com cadeia, tortura, exílio ou morte.
O que se passa é a antiga briga de comadres, onde as (in)verdades que se descobrem só interessam a uma classe profissional egocêntrica demais para ver a merda que está a fazer.
O povo segue demasiado sereno, pois imerso em problemas que vocês já consideram banais, comparado aos possíveis crimes das altas figuras que vocês mesmos criaram, e desejam agora destronar, simplesmente porque podem.
Vocês, que são parte essencial da Democracia, envergonham-nos muito a nós, o Povo.