sábado, 23 de janeiro de 2010

TAZ - Zona Autónoma Temporária, de Hakim Bey


“Uma postura realista exige não apenas que desistamos de esperar pela “Revolução”, mas também que desistamos de desejá-la. “Levantes”, sim – sempre que possível, até mesmo com o risco de violência. Os espasmos do Estado Simulado serão “espectaculares”, mas na maioria dos casos a táctica mais radical será a recusa de participar da violência espetacular, retirar-se da área de simulação,desaparecer.

A TAZ é um acampamento de guerrilheiros ontologistas: ataque e fuja. Continue movendo sua tribo inteira, mesmo que ela seja apenas dados na web. A TAZ deve ser capaz de se defender; mas, se possível, tanto o “ataque” quanto a “defesa” devem evadir-se à violência do Estado, que já não é uma violência com sentido. O ataque é feito às estruturas de controle, essencialmente às idéias. As táticas de defesa são a “invisibilidade”, que é uma arte marcial, e a “invulnerabilidade”, uma arte “oculta” dentro das artes marciais. A “máquina de guerra nómada” conquista sem ser notada e se move antes do mapa ser rectificado. Quanto ao futuro, apenas o autônomo pode planejar a autonomia, organizar-se para ela, criá-la. É uma acção conduzida por esforço próprio. O primeiro passo se assemelha a um satori – a constatação de que a TAZ começa com um simples acto de percepção.”